Apneia do Sono – Saiba Mais

apneia do sono

A presença de 15 ou mais eventos respiratórios obstrutivos por hora, mesmo na ausência de outros sintomas, já é suficiente para o diagnóstico da apneia obstrutiva do sono, ou apneia do sono, como é conhecida popularmente.

Os eventos respiratórios obstrutivos da apneia podem vir acompanhados por episódios de sono não intencionais durante a vigília, sonolência diurna excessiva, sono não reparador, fadiga e insônia.

Nesse caso, há uma maior associação da gravidade da obstrução com graves consequências, como é o caso do aumento do risco de eventos cardiovasculares, incluindo o AVC. Quer saber mais sobre a apneia do sono e suas consequências? Prossiga esta leitura e esclareça suas dúvidas.

Apneia do Sono – Saiba Mais

Existem dois tipos diferentes de apneia do sono: a apneia obstrutiva do sono e a apneia do sono central.

A primeira é a manifestação mais comum da apneia, na qual os músculos da garganta relaxam durante o sono, provocando o fechamento das vias respiratórias. Esse processo interfere diretamente  na respiração, impedindo-a de ser adequada, o que reduz drasticamente o nível de oxigênio no sangue do paciente.

Ao final desta sequência, o cérebro detecta que a respiração está alterada e manda um sinal ao corpo, que desperta do sono por um breve período, permitindo a abertura das vias respiratórias e o retorno da respiração normal. Como consequência do fechamento das vias, o paciente pode produzir sons, como o ronco ou algo semelhante a um sufocamento.

Esta perda de sono pode ser prejudicial à saúde, uma vez que a obstrução da respiração impede o paciente de engatar em um sono profundo. Dessa forma, é provável que ele sinta uma sonolência excessiva durante o dia e seu rendimento não será bom.

Já a apneia do sono central é menos comum, e ocorre quando o cérebro não consegue transmitir sinais para os músculos da respiração, forçando o paciente a acordar com falta de ar ou sentir dificuldade para dormir ou manter o sono.

Fatores de Risco para Desenvolver Apneia do Sono

Qualquer pessoa pode apresentar episódios de apneia. No entanto, existem alguns fatores de risco que podem influenciar no desenvolvimento do distúrbio. São eles:

  • Obesidade;
  • Histórico familiar de apneia;
  • Etnia (afrodescendentes são mais propensos a desenvolver o distúrbio);
  • Consumo abusivo de álcool;
  • Estreitamento das vias aéreas;
  • Alterações hormonais;
  • Distúrbios cardíacos;
  • Histórico de AVC ou tumor cerebral.

Causas que Levam ao Desenvolvimento da Apneia do Sono

Quando falamos em apneia obstrutiva do sono, podemos citar a obstrução do canal respiratório como fator desencadeante principal. Outros fatores como obesidade, aumento das amígdalas, circunferência do pescoço e alterações craniofaciais também podem levar o paciente a um quadro de apneia.

Nos casos de apneia do sono central, a insuficiência cardíaca é o principal fator de risco para o desenvolvimento do distúrbio, além de casos como acidentes vasculares cerebrais (AVC), lesões traumáticas no tronco ou uso de medicamentos para dor, como opioides.     

Apneia do Sono e o Sistema Circulatório

A apneia do sono também compromete o sistema circulatório. Quando o cérebro identifica a falta de oxigênio, causada pela ausência de respiração, promove uma liberação de adrenalina, e a pessoa acorda para respirar. Neste processo, a pressão arterial sobe e o coração dispara, fazendo com que o paciente desenvolva arritmia cardíaca.

Isto ocorre pois o coração passa a ter maior propensão de falhar. Além disso, diversos estudos estão evidenciando a apneia do sono como um fator de risco para o acidente vascular cerebral.

Apneia do Sono em Mulheres

Uma série de estudos populacionais têm afirmado que a apneia do sono é mais comum em homens do que em mulheres, e essa diferença é frequentemente confirmada no cenário clínico.

Acredita-se que as diferenças em relação à distribuição da gordura corporal, comprimento e colapsibilidade da via aérea superior e hormônios sexuais, entre outros fatores, contribuam para a disparidade da prevalência entre os gêneros.

No entanto, essa disparidade entre os gêneros pode ocorrer também pelo fato de que as mulheres não demonstram a sintomatologia “clássica” da apneia do sono e, dessa maneira, podem permanecer subdiagnosticadas.

Ronco e Apneia do Sono

Um dos sintomas clássicos da apneia do sono é o ronco. Porém, muitas pessoas ainda acreditam que roncar é normal. Saiba mais sobre o assunto, lendo o artigo: “Roncar é normal?“.

Artigo publicado em: 25 de agosto de 2017.

Artigo atualizado em: 2 de agosto de 2018.

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